sexta-feira, 9 de março de 2012

Liberdade ou segurança, um enorme dilema




*Romi Krás hahn



De tempos em tempos volta de forma mais incisiva o debate sobre a proibição ou liberação de nossos jovens menores de 18 anos em festas noturnas nos clubes , danceterias e similares.
A questão é bastante complicada para o Estado e para nós que temos filhos nessa faixa de idade. Em países do primeiro mundo essa restrição é bastante presente.

 Ninguém quer ver seu filho dentro de casa, triste e frustrado por não poder participar das festas da moda. E aí vem o grande dilema: priorizar a liberdade e alegria deles ou priorizar a segurança? A sociedade está aí da forma como vemos: crack, álcool, assaltos, brigas, gangs, violência no trânsito, apelo sexual, etc. 

Alguém dirá:  “Maiores de 18 anos também estão sujeitos a riscos.” / “Viver é correr riscos.” / "Não adianta superproteger."

Tudo isso pode ser verdade. Os riscos são os mesmos para um jovem de 16 ou 20 anos que esteja andando na rua. Mas a diferença é que, em geral, um jovem de vinte e poucos anos tem mais maturidade e mais capacidade de pressentir uma situação de perigo. E quero lembrar que uma situação de perigo não é somente uma briga ou um assalto. Aceitar bebida de terceiros ou uma simples carona pode ser uma situação de perigo.

Sei que aos olhos dos jovens minha análise soa retrógrada, antiquada e insensível. Seria mais cômodo, mais simpático dizer que criamos os filhos para o mundo, que eles tem que viver, ter liberdade, que não devemos superproteger, etc. Mas creio existirem etapas que devem ser cumpridas. 

Eu tenho filhos adolescentes e, pela educação que dei, confio plenamente neles. Mas, e no mundo lá fora, na segurança que o Estado oferece... dá para confiar nossos filhos com tão tenra idade?


*Cientista Político





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