segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O ensino à distância ganha terreno no Brasil.



                                                                                                                 * Romi Krás Hahn


Para conquistar e assegurar um lugar nesse competitivo mercado de trabalho os profissionais precisam estar em constante aperfeiçoamento. As pessoas perceberam que só o diploma de graduação já não é garantia de sucesso. Mais difícil ainda para quem não tem sequer a graduação ou um bom curso técnico.

Essa realidade faz crescer o ensino no Brasil. E em especial o Ensino à Distância (EAD). Conforme levantamento feito pelo AbraEAD – Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (2008), um em cada 73 brasileiros estuda em cursos na modalidade EAD; Foram mais de 2,5 milhões em 2007. Desses, quase 600 mil capacitaram-se dentro das próprias empresas (SANCHEZ, 2008).

Dentro dessa realidade de expansão do ensino, a modalidade EAD tem se apresentado como uma opção cada vez mais procurada pelos brasileiros. Vale lembrar que estudar não envolve somente as mensalidades; significa, também, questões como transporte, alimentação, material didático, etc. Na modalidade EAD, em geral, o local de estudo do aluno é sua casa, o que lhe traz economia e segurança.

Engana-se, no entanto, quem julga ser o EAD uma forma de ensino de qualidade inferior, de pouca exigência; uma forma fácil de chegar ao diploma. Escolhendo uma entidade de reconhecida qualificação (consulte no site do MEC: http://portal.mec.gov.br) o aluno precisará rever vários conceitos sobre estudo e aprendizagem. Terá que desenvolver um alto grau de comprometimento e iniciativa. Verá que o velho sistema tecnicista da sala de aula, onde o professor passa a matéria e o aluno copia, está ultrapassado.

Mas importante, também, é ressaltar o papel do professor nessa modalidade de ensino. O aluno precisa de profissionais familiarizados com as novas tecnologias e convictos de que a aprendizagem passa por um processo de troca, estímulo, companheirismo e diálogo entre professor e aluno.

Sobre isso nos diz HACK (2009), “A comunicação educativa em cursos superiores a distância não pode ser entendida apenas como um repassar de conteúdos pelas mídias, afinal a construção do conhecimento acontece pela discussão, conversa e debate crítico”.
E mais ainda diz HACK sobre o papel do professor-tutor: “(...) gostar do que faz e acreditar na EaD, pois a criação de um ambiente motivador, acolhedor e com possibilidades múltiplas de comunicação é primordial para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem.”

Por fim, o aluno do ensino à distância precisa sentir que “do outro lado” existe alguém preocupado com ele e com seu desempenho. E o mais importante: sem esforço, disciplina, planejamento e estudo, nenhuma das duas modalidades - presencial ou à distância – levará o estudante aos objetivos desejados.


   * Cientista Político
   E-mail: romikras@gmail.com
   Fone: (51) 9628-0738
   Osório - RS

Nenhum comentário:

Postar um comentário