quarta-feira, 20 de junho de 2012

A mediação transformadora


* Alceu Moreira, deputado federal

O Congresso Nacional passa por um período que instiga a necessidade de modificar o papel dos partidos políticos. Hoje, há um único partido no país capaz de assumir esse papel imprescindível na mediação transformadora, capaz de desenvolver a média entre o pensamento dos
brasileiros: o PMDB.

Em 46 anos de história, o PMDB sempre esteve à frente dos principais debates do país. E sempre se mostrou apto para a travessia dos chavões e clichês, de esquerda e de direita, para o país real, com os pés no chão.

Pois quando os devaneios iniciais e estoques de argumentos acabam, viram todos prisioneiros do próprio discurso.  Por isso, há a necessidade de o PMDB, que tem um espectro ideológico amplo e consolidado, estar na linha de frente para mediar os conflitos existentes.

A  votação do código florestal retrata perfeitamente esse processo. O único partido que pôde fazer a diferença e chamar a responsabilidade na busca da média entre os que eram chamados de "ambientalóides" e os "adeptos da motosserra" foi o PMDB, que democraticamente não votou contra o governo, mas a favor do Brasil, e deu exemplo para o Congresso.

O tempo passou, a sociedade amadureceu e hoje rejeita a ideia de se colocar na condição de cobaia para novas experiências sociais. O papel do PMDB na mediação transformadora é atualíssimo e generoso, porque é confiável para organizar verdadeiramente esse país, através dessa ferramenta de formação e execução de políticas públicas.

O preço da nossa lealdade ao poder que fazemos parte não pode ser o de sepultar nossas convicções ideológicas e programáticas. Somos um partido que não acredita na centralização do poder porque ao nosso juízo ela é a mãe de quase todas as mazelas da república.

Causa para a luta, caminhos para o futuro

Logo, nossa bandeira número “1” é o Pacto Federativo, capaz de produzir autonomia e sustentabilidade aos estados e municípios. O redesenho do Estado é a função dos entes federados com suas obrigações e autonomias. E é o caminho que nos levará a disputar a Presidência da República.

O atual modelo fadigou e pode gerar rupturas, obrigando municípios a praticar desobediência civil por não ter a mínima condição de cumprir o que a legislação determina. Só o PMDB, um partido municipalista por excelência, pode propor esse debate à nação.

A relação de dependência doentia deve ficar no passado. Nosso partido deve ter a grandeza libertária de propor à sociedade um outro desenho de nação. Queremos ser vistos como instrumento de transformação e solução de vida para as pessoas.

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